segunda-feira, 20 de agosto de 2012

03:38

Continuo a afirmar que é esta a melhor semana do meu ano, repleta de momentos iluminados pelos raios que passam por entre as folhas e me acariciam levemente os olhos conforme a brisa que as abana e que traz um pequeno arrepio acrescido à humidade do rio que troça com os transeuntes, num pedido de brincadeira que tento sempre ignorar, transferindo a minha atenção para a audição de cada nota estrategicamente improvisada que, algures, alguém toca.

Estas trinta e seis horas de ressaca, confinada a um ambiente citadino, apesar de bastante desejadas durante todos os tumultos das férias, têm, no entanto, tido as suas consequências  o mal-estar, a garganta prestes a fechar, a cabeça forrada a chumbo e a ansiedade das responsabilidades sociais que quero esquecer; quase me esqueço de que os últimos dias foram reais, de que a felicidade foi real.

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