Olha à tua volta. Vês estas pessoas, estas vidas que se cruzam à tua volta, entrelaçadas de uma maneira que nunca poderíamos imaginar, vividas no conjunto da sociedade e reunidas num espaço, num tempo, só nosso? Sentes a brisa que acaricia a tua face esta noite, enquanto percorres este caminho de terra de volta ao teu lugar, àquele sítio que é só teu e onde permites a presença de outrém apenas porque tal proximidade te agrada? Mesmo que não reconheças, a confusão é revigorante, o som, as notas em perfeita harmonia e a liberdade, o vôo do pensamento que com elas vêm. Uma semana de experiências, de observação - uma paragem do pensamento, também - uma semana de descanso, de partilha por um único fim. Sem tabús, o silêncio desaparece num grito incessante de uma anarquia controlada, para a qual não há espaço nos restantes 359 dias do ano. Rimo-nos alto e em bom som: o tempo parou naquela infância que não tivemos juntos, [quase] todas as questões foram irrelevantes. Nessa infância, não houve tristeza nem dor, não houve conflitos passados, situações desnecessárias que são nada mais do que meios de expressão do fundo do ser.
Vês estas pessoas? Cada uma está ligada à outra por 6 graus de distância, mas nestes dias estão unidas por um só motivo: viver.
Quando um estranho total te oferecer ajuda para te levantares do chão, aproveita essa oportunidade.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
03:27
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