Quero cair nos velhos hábitos que tanto me esforcei para esquecer. Consumo-me numa fantasia indefinida que corre entre o que poderia ter sido e o que ainda aconteceria caso assim decidisse. A destruição na ponta dos meus dedos, um furacão a correr pelas minhas veias. O vermelho que podia escorrer do meu corpo frágil. O vermelho a pingar do copo para os meus lábios. O vermelho que desorganiza o fluxo eléctrico da minha mente até nada sobrar senão a dormência do meu olhar. Estou só, estou sempre só e quero sentir o calor dele, o teu calor, a pulsação apaixonada que separa a existência fútil da vida.
Um copo nunca foi suficiente.
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