Ocasionalmente, corre-me e percorre o pensamento aquela época em que o descontentamento e ideia de desperdício de tempo se corrigiam com uma alteração de visual, minha ou da minha presença, o que me faria parecer mais digna de atenção ou de qualquer coisa boa que viesse parar ao meu caminho. Hoje não entendo em que direcção deveriam ser focados os meus esforços de produtividade, se o meu tempo é tão rápido quando tento fazer algo que possa melhorar o meu futuro, que me retira uma hipótese de trabalhar no presente. Talvez tome por garantido a tua presença, talvez parte de mim se contente com a perspectiva de um percurso em que não esteja sozinha, mesmo que não cumpra nenhuma aspiração muito alta, talvez tenhas tomado as rédeas do meu medo e eu não saiba ir mais longe do que esta realidade me permite. Talvez nunca tenha sido verdadeiramente sonhadora, ou pior — talvez nunca tenha tido a força de correr atrás de objectivos porque talvez nunca tenha sabido como os marcar.
Se nunca te tivesse encontrado, talvez hoje fosse quem eu queria ser, ou talvez culpasse apenas outro alguém por não o ter sido.
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