segunda-feira, 25 de julho de 2011

lar indistinto

Esta distância que entre nós se situa parece tão distante quando nos vemos neste ecrã. Os teus caracóis e olhos cansados do tamanho que a janela permite, e nós aqui e aí, tão visíveis como indubitavelmente fictícios. Esta distância, que mais se assemelha a um espelho que reflecte a parte que de nós partiu há tantas vidas atrás, finge ser amiga e preenche o vazio que ela mesma causou — é como chuva suja que desgasta a tinta de onde vivo e não chamo casa, não chamo lar.

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