(...) Este mundo não é feito para criar — viver — mas sim para ser mantido na ignorância e seguir caminhos traçados por fraudes, cujas exigências são apenas satisfeitas com o intento de evitar possíveis mártires do discurso, das palavras, que provocariam o pensamento crítico e lógico nas massas que ficassem a par da negação dos seus direitos. Tudo o que temos foi-nos entregue por quem tudo tem, até poder inquestionável, nem sequer conhecido ou concedido pelo público, que às suas próprias vidas assiste em palco. Mas quem sou eu para criticar este assombroso teatro? Também eu nele interpreto a minha personagem, nas suas vestes de camaleão, até à recolha final por detrás da cortina.
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