Pensei em escrever. O tópico? Já o conhecia bem. Apenas uma questão de desenvolver, organizar pensamentos soltos de um modo coerente. Mas, pela primeira vez, a vida pôs-se à frente. Pôs-se à frente do meu pensamento, e vivi pelo momento, não pelo pensamento de viver. É assim que eu sou contigo, inconsciente da ideia de tempo, de emoções, do conceito de «ideia». E estou a aprender, juro que estou, a querer deixar de ser mais do que sou e, sem me contentar com o que me rodeia, contentar-me com o que está dentro de mim - perceber, por fim, que as pessoas não mudam porque querem, mudam porque as circunstâncias, a necessidade, requerem. Disse-te que a minha vida se fazia sozinha, mas não é verdade. A minha vida fez-me, e eu fi-la e volto a fazer, todos os dias, enquanto procuro por um propósito. Agora, não sei, talvez seja uma questão de químicos ou de emoções, mas estou disposta a deixar que as circunstâncias me mudem e me façam quem eu devo ser, por mim apenas, pelo lado racional consciente que o lado emocional ou racional inconsciente teima em ignorar. Se mereço ser feliz? Não sei, não interessa; nem interessa sequer se o sou. Quero, sim, deixar de tentar perceber. E essa atitude fundamental é a lição que tenho a aprender por ti, contigo.
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