Hoje senti-me vazia, de novo.
Peguei num livro que comprei numa daquelas pequenas feiras nos sítios de maior movimento, como estações de metro ou algo semelhante, com o único propósito de me distrair. Entretenimento não é grátis, hoje em dia, e a minha mente pede algo mais do que a solidão dos meus pensamentos. Afinal, há demasiadas discussões no meu próprio cérebro quando não estou atenta. Voltando então ao livro, que por sinal era de um autor mundialmente conhecido, cujo nome todos ouviram, apesar de nem um quarto conhecer realmente o seu trabalho; este era pequeno, em termos de dimensão física - leitura de uma viagem de ida e volta no barco - mas revelou-se um peso gigantesco no meu dia aparentemente banal.
Porquê?
Porque repete a maior questão da minha vida.
Não preciso que um livro me faça contestar o universo, eu já o faço. Tenho as perguntas todas na minha cabeça, tantas por expressar, por fugir, todas por responder. Por vezes escorregam e, como uma criança pequena, inquiro, 'Porquê?'. Mas ninguém me responde. E o ponto de interrogação continua a pairar, tal como o deixei. À espera.
Ainda tenho esperança de entrar numa dessas feiras e encontrar um livro que mude a minha vida. Parece que hoje não é o dia.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Feiras e Livros, Livros de Feiras
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário