Vazio. Um vazio indescritível, que se apodera de mim sorrateira e totalmente, até não haver nada na minha mente senão a minha própria existência, questionada na maior indiferença que alguma vez senti. Sentada no chão da cozinha, sem forças, sem forças para lutar pela vida acima da sobrevivência, sem forças para ver vantagens ou desvantagens, concentrada na desconcentração que é sentir sem interesse. A luz a entrar pela janela, numa gloriosa manhã de Maio, e eu, escondida entre a escuridão das minhas mãos, dos meus cabelos, só, media os motivos que me poderiam retirar daquele estado de choque, de apatia, sem em nenhum encontrar conforto.
Nada mais importava, nada mais incomodava, e no chão da cozinha fiquei.
Nada mais importava, nada mais incomodava, e no chão da cozinha fiquei.
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